Lançado originalmente como um jogo de ação-aventura pela Naughty Dog em 2013, “The Last of Us” rapidamente se tornou uma das franquias mais populares da cultura pop moderna. Com uma jogabilidade envolvente que mistura ação, suspense e uma carga emocional profunda, a história de Ellie e Joel conquistou milhões de fãs ao redor do mundo, não apenas por sua trama intensa e personagens cativantes, mas também por explorar temas universais como perda, medo e a luta pela sobrevivência em meio ao caos.
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Joel e Ellie em cena de The Last of Us. Foto: Liane Hentscher/HBO |
Em 2023, o sucesso da franquia novamente se repetiu com o lançamento da série adaptada e desenvolvida pela HBO, estrelada pelos atores Pedro Pascal (Joel) e Bella Ramsey (Ellie), retratando de forma mais imersiva a história do jogo original. Atualmente, a série já está na sua segunda temporada e novos nomes fazem parte do elenco principal, como a atriz que interpreta Abby (Kaitlyn Dever), uma das personagens centrais do segundo jogo da franquia.
Neste artigo, reunimos 20 curiosidades fascinantes sobre a série da HBO — desde segredos de bastidores até detalhes que passam despercebidos até pelos fãs mais atentos. Confira:
1. O envolvimento direto do criador do jogo
Neil Druckmann, criador do jogo original, teve participação ativa na série da HBO, atuando como roteirista, produtor executivo e diretor do episódio 2 da primeira temporada, intitulado “Infected”. Druckmann disse em entrevistas que manter o controle criativo foi essencial para preservar a essência emocional e narrativa do jogo na adaptação televisiva.
2. O fungo retratado na série realmente existe
A infecção que desencadeia o apocalipse em The Last of Us foi inspirada no fungo real Ophiocordyceps unilateralis, conhecido por infectar formigas e controlar seu comportamento. Neil Druckmann teve a ideia após assistir a um episódio do documentário Planet Earth, da BBC, que mostrava esse fenômeno na natureza. Na série, essa premissa foi adaptada para criar uma ameaça plausível e aterrorizante para os humanos.
3. Bella Ramsey hesitou antes de aceitar o papel de Ellie
A atriz Bella Ramsey revelou que inicialmente hesitou em aceitar o papel de Ellie, pois alegava que a fama não era algo que ela desejava. No fim das contas, ela acabou aceitando o papel e já declarou em diversas entrevistas que gostou muito de viver Ellie na série, embora reconheça que interpretar a personagem é desafiador, por conta das muitas mudanças emocionais que ela enfrenta ao longo da história.
4. Pedro Pascal criou sua própria versão de Joel
Pedro Pascal optou por não assistir ao gameplay completo de The Last of Us, evitando até mesmo as cenas mais icônicas do jogo. A ideia era criar sua própria versão do personagem, equilibrando dureza com vulnerabilidade. Essa abordagem permitiu que ele explorasse novas nuances, mantendo a essência de Joel, mas com camadas que enriqueceram sua interpretação na série.
Embora não tenha acompanhado o jogo de forma completa, Pascal chegou a experimentar brevemente The Last of Us ao lado de seus sobrinhos. No entanto, admitiu não ter muita habilidade com videogames, o que fez com que não avançasse muito na experiência.
5. Os intérpretes originais de Joel e Ellie têm papéis na série
Troy Baker e Ashley Johnson, que deram voz e movimento a Joel e Ellie nos jogos, fazem participações especiais na série da HBO. Baker interpreta James, um dos seguidores de David, enquanto Johnson vive Anna, a mãe de Ellie. Essas aparições foram uma forma de homenagear os atores originais e estabelecer uma conexão entre o jogo e a adaptação televisiva.
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6. A ambientação combina cenários reais com efeitos digitais impressionantes
Grande parte das cidades devastadas vistas na série foi recriada em locais urbanos abandonados, utilizando construções reais cuidadosamente escolhidas. Para intensificar a sensação de abandono e destruição, técnicas avançadas de CGI foram aplicadas, adicionando elementos como vegetação invadindo estruturas e detalhes de deterioração. Essa fusão entre o real e o digital ajudou a criar um mundo pós-apocalíptico visualmente impactante e extremamente imersivo.
7. As girafas eram de verdade
A famosa cena do final da primeira temporada, que mostra girafas, foi filmada com animais reais em um zoológico de Calgary. No entanto, todo o ambiente ao redor foi criado com computação gráfica. Essa mistura de elementos reais e digitais proporcionou uma experiência visual impactante e fiel ao momento icônico do jogo.
8. A mudança da linha temporal original
No jogo, a pandemia tem início em 2013 e os eventos principais ocorrem em 2033. Já na série, os criadores decidiram antecipar o surto para 2003, fazendo com que o "presente" da trama se passe em 2023. Segundo o cocriador Craig Mazin, essa mudança foi feita para dar à história um tom mais realista e próximo do nosso mundo, como se tudo pudesse realmente ter acontecido. Embora não tenha sido uma decisão diretamente motivada pela COVID-19, o fato da série ter sido desenvolvida durante uma pandemia global certamente influenciou a forma como a narrativa ressoa com o público atual.
9. Cenas cortadas e ideias que ficaram fora da primeira temporada
Durante o desenvolvimento da série, Neil Druckmann e a equipe criativa consideraram diversas abordagens para mostrar o início do surto com mais profundidade, incluindo cenas em diferentes partes do mundo retratando o colapso social. Muitas dessas ideias acabaram sendo deixadas de fora da primeira temporada para manter o foco na jornada dos protagonistas. No entanto, elas seguem como possibilidades futuras, podendo surgir em flashbacks que expandam a visão do apocalipse ao longo das próximas temporadas.
10. Ellie é canhota nos jogos e na série
Para manter a fidelidade à personagem original, Bella Ramsey aprendeu a manusear armas e objetos com a mão esquerda, assim como Ellie nos games. Essa atenção aos detalhes demonstra o comprometimento da produção em retratar os personagens de forma autêntica e respeitosa à obra original.
11. O visual dos Clickers é fiel ao jogo e baseado em doenças reais
O design dos Clickers, criado originalmente pela Naughty Dog, foi recriado com impressionante fidelidade na série. A equipe da BGFX desenvolveu próteses detalhadas que exigiam até sete horas de aplicação, resultando em um visual assustador e realista. Além disso, a aparência grotesca dos estaladores foi inspirada em infecções reais, como a onicomicose (que afeta unhas) e a candidíase, amplificadas para criar uma estética de horror corporal. Essa combinação entre realismo clínico e criatividade artística deu origem a uma das criaturas mais icônicas e perturbadoras da série.
12. O desafio do episódio da neve
O episódio em que Ellie enfrenta David foi filmado em locações reais no Canadá, durante o rigoroso inverno. As cenas foram gravadas em ambientes com neve natural e temperaturas extremamente baixas, o que exigiu grande esforço físico e emocional da equipe e do elenco. As condições climáticas adversas adicionaram realismo e tensão às cenas, elevando o impacto emocional do episódio.
13. A trilha sonora original foi mantida na série
O co-criador Craig Mazin fez questão de contar com Gustavo Santaolalla, o mesmo compositor dos jogos, para preservar a identidade emocional da franquia na adaptação. A trilha sonora tem um papel fundamental na construção da atmosfera e na conexão com os personagens. Um exemplo marcante é a presença do tema principal “The Last of Us (Main Theme)”, também usado no jogo original, que reforça o elo entre as duas mídias e desperta uma imediata familiaridade nos fãs. A música funciona quase como um personagem invisível, guiando emoções e intensificando a narrativa com delicadeza e profundidade.
14. O treinamento de sobrevivência dos atores
Pedro Pascal e Bella Ramsey passaram por treinamentos de sobrevivência, aprendendo desde como montar acampamentos até como reagir a situações pré-apocalípticas, o que contribuiu para a autenticidade de suas performances. Esse preparo físico e psicológico permitiu que os atores incorporassem melhor seus personagens em um mundo hostil.
15. A abertura simula o crescimento de um fungo real
A vinheta de abertura da série, que mostra estruturas fúngicas se expandindo sobre um fundo escuro, foi inspirada no comportamento real dos fungos. A sequência utiliza animações que simulam o crescimento desses organismos de forma amplificada e estilizada, criando um efeito visual impactante e sombrio. Essa estética reforça o tom biológico e ameaçador da narrativa logo nos primeiros segundos de cada episódio, preparando o espectador para o universo hostil que está por vir.
16. A cena da queda de avião é exclusiva da série
Logo no início da série, uma cena intensa mostra um avião caindo em meio ao caos urbano — um momento original criado especialmente para a adaptação televisiva. Essa adição não existe no jogo, mas serve para aumentar o impacto visual e emocional do surto acontecendo em tempo real. A queda do avião transmite a gravidade e o descontrole do colapso da sociedade, ampliando a sensação de urgência vivida pelos personagens nas primeiras horas da pandemia.
17. A série se tornou material de estudo em universidades
The Last of Us passou a ser utilizado como referência acadêmica em algumas universidades dos EUA, especialmente em cursos de narrativa e ética em pandemias, devido à sua abordagem sobre moralidade e colapso social. A complexidade dos personagens e das situações apresentadas na série oferece material rico para análises e discussões acadêmicas.
18. As cenas de ação foram inspiradas no gameplay original
Cenas como a emboscada em Kansas City foram filmadas com base na lógica dos combates do jogo, simulando a alternância entre stealth e confronto direto para reproduzir a experiência do gameplay. Essa fidelidade à mecânica do jogo proporciona uma experiência mais imersiva para os fãs da franquia.
19. A série homenageia clássicos do cinema pós-apocalíptico
Além de ser uma adaptação fiel aos games, The Last of Us também presta homenagem a filmes clássicos do cinema pós-apocalíptico dos anos 70 e 80, como O Hospedeiro e Mad Max. A série se inspira neles ao implementar elementos visuais e temáticos característicos, como paisagens e construções destruídas, a natureza retomando espaços urbanos e a constante luta pela sobrevivência.
A adaptação da HBO também herda desses filmes a maneira como a civilização humana reage diante do colapso social. Essa influência é perceptível tanto na construção dos personagens quanto na direção de arte, que valoriza ambientes degradados e silenciosos. O legado deixado por esses clássicos contribui para uma narrativa mais profunda e enriquece a experiência dos fãs do gênero.
20. Abby com maior aprofundamento emocional
Introduzida na segunda temporada e interpretada por Kaitlyn Dever, Abby ganha uma abordagem que enfatiza sua dor, raiva e traumas, equilibrando emocionalmente sua jornada com a de Ellie. Sua trilha sonora foi pensada para refletir essas emoções. Essa profundidade emocional adiciona camadas à personagem, tornando-a mais complexa e humana.
O que esperar do futuro da franquia
Com a segunda temporada em andamento e personagens complexos ganhando mais espaço, "The Last of Us" se consolida como uma das séries mais promissoras da atualidade. O universo da franquia ainda tem muito a oferecer, e os próximos episódios prometem aprofundar ainda mais os conflitos humanos e éticos. Para os fãs, o futuro guarda novas emoções — e mais histórias inesquecíveis.
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